terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fim de tarde...

O toque púrpura suave do fim de tarde
Colhe o cântico das nuvens.
Nos quintais, as jabuticabeiras
Reluzem um aroma mais adocicado
(talvez típico dos meses de agosto)

Na partitura que rege o universo
Faz-se uma pausa quase que celeste...

Meu olhar, antigo e cansado
Pousa na simplicidade de uma flor amarela
Em um canteiro qualquer.

O momento faz-se eterno
Ainda assim, não me rendo às orações.
Em um silêncio íntimo
Sorvo de um chá de limão e canela
E  brindo à vida
Que tudo é
Na pequena flor amarela.


Tonho França.